Qual o caminho para a felicidade?

Sabem quando estamos sozinhos e viajamos para episódios do passado que nos fazem rir desalmadamente que nem uns maluquinhos? A mim acontece-me inúmeras vezes, o que poderá querer dizer que estou a atingir elevados níveis de loucura, ou não sendo tão dramática, quer apenas dizer que guardo episódios bastantes cómicos e que tanto me orgulho!

O último foi hoje de manhã, em que recordei um dia de campo de férias, para quem não sabe eu sou a maluquinha dos campos de férias, que de há 4 anos para cá passo o meu Julho em retiro a aturar crianças insuportavelmente amorosas! E é precisamente nos campos de férias que guardo os momentos mais caricatos e inesquecíveis!

O que me lembrei hoje é digno de partilha, no entanto não sei se alguma vez o vou conseguir transmitir por palavras. Mas mesmo assim arrisco, depois se não gostarem, reclamem!

Estava portanto em Julho de 2009, naquele que foi considerado por muitos, como o melhor campo de Vivaços (crianças dos 14 ou 18 anos) de sempre! Numa fantástica fusão entre os melhores monitores e os melhores miúdos de sempre! Fusão esta que deu origem a risadas compulsivas! Entre elas quero destacar uma viagem alucinante entre o Cabo da Roca e a Praia Grande, normalmente feita em 20 minutos, mas que naquele dia achámos por bem esticarmos um bocadinho mais o percurso.
O meu enorme carro em “Aqui onde o mar acaba e a terra começa” foi invadido por 5 pessoas, ou seja, comigo 6 o que dava direito a uma bruta contra-ordenação, perfeito! Sendo, uma criança que fez uma única vez campos de férias, se calhar desistiu por ter assistido a tal episodio e 5 monitoras em estado de êxtase, como se aquela fosse a primeira viagem de carro entre amigas e um emplastros! A Catarina, a Catarina que possui um sentido de humor brilhante e pertence ao grupo de pessoas que todos nós devíamos conhecer! Teve portanto a ideia genial de me mandar parar o carro e perguntar a cada pessoa que por ali passasse: “Olhe, desculpe, pode-me dizer qual é o caminho para a felicidade?” Isto com o ar mais sério do mundo! Aqui sim, não consigo descrever as inúmeras risadas que demos! Nós e o emplastro que estava com o ar mais enfadonho do mundo! Não contentes, achámos insuficiente só ter apanhado 2 ou 3 pessoas e revolvemos interromper o nosso destino e fomos em busca de novas pessoas, cujas respostas variaram entre: “HUM? Felicidade?? Ah… Não sei!”, “Ahh! Sempre em frente, não há que enganar”, “Vão à merda, pah!”, “Isso são vocês que tem de descobrir!”. Ainda não contentes, a Catarina desafiou-nos a sairmos do carro e a abraçávamos cada pessoa que nos desse uma resposta afirmativa! Só nos claro, o emplastro continuava sentado no banco da frente com o mesmo ar!

E são momentos como este que me fazem rir que nem uma perdida a caminho do escritório! É também um momento para pensar que a vida deve ser aproveitada ao máximo e que parvoíces como esta nos fazem muito felizes! Nós que naquele carro éramos 5 amigas em êxtase, hoje só podemos ser 4, mas com a certeza que a nossa Estrelinha nos ajudará a encontrar o caminho certo para felicidade!